MÓDULO 9: História e Roteiro

11/07/2020 | Etapas para desenvolvimento do roteiro:

Com este Módulo 9, eu chego ao final da proposta de publicar um Workshop Online para vocês, gratuitamente. Espero sinceramente que todo o conteúdo publicado aqui – módulo 1 ao módulo 9 – possa ter te ajudado a aprender um pouco mais sobre quadrinhos, a se estimular e produzir sua História em Quadrinhos. Confira este último conteúdo publicado E não deixe de clicar em ROTEIRO FINAL na etapa 5, para visualizar exemplo de roteiro:

1ª. Etapa:
IDÉIA – O motivo da escolha pode ser um fato que desperta o desejo em abordar um tema; uma necessidade; uma encomenda.

2ª. Etapa:
STORYLINE – Idéia da abordagem geral em aproximadamente 5 linhas.
Exemplo1: (Medéia) “Minha história conta o drama de uma mulher que mata 4 filhas e depois enlouquece.” É o enredo, a fofoca.
Exemplo2: (Hamlet) Era uma vez um príncipe cujo tio, para tomar o trono,
matou o rei, pai do príncipe; aí o príncipe entrou numa crise existencial,
matou uma porção de gente e acabou morto”

3ª. Etapa:
DESENVOLVIMENTO DO STORYLINE: ARGUMENTO (Texto sem preocupação com tempo e espaço). Você define: a história começa aqui, passa por ali, termina lá. É a história, o conteúdo com início, meio e fim.

4ª. Etapa:
FRAGMENTAÇÃO DO ARGUMENTO – Descrição onde cada cena contém a localização no tempo, no espaço e a ação.

5ª. Etapa:
1º. TRATAMENTO – Detalhes emocionais, diálogos, desenvolvimento e fechamento de cena.
O 1º. Tratamento significa o ROTEIRO FINAL sem revisão, correção ou ajuste. Ao clicar nas palavras ROTEIRO FINAL, você verá um arquivo PDF feito para lhe mostrar um exemplo de tirinha e do roteiro que deu origem à esta tirinha.

:: Wilton Bernardo
+ Coordenador e professor da Ação Cultural Oficina HQ
+ Criativo do Estúdio e produtos da Laço Afro
+ Graduado em Artes Visuais pela Universidade Federal da Bahia

MÓDULO 8 – Recursos narrativos

MÓDULO 8 – Recursos narrativos
por Wilton Bernardo

O que lhe vem em mente quando lê essas duas palavras? Recursos narrativos?
Se você já leu quadrinhos, já deve ter observado diversos recursos presentes e facilmente identificáveis numa página de HQ. Alguns desses recursos, você pode não saber dar nome ou saber explicar, mas muitas vezes sente. Afinal, numa história bem planejada, os recursos ali colocados, não foram gratuitamente. Para quem planejou e escreveu o roteiro, os elementos têm um sentido e ajudam a contar a história.
E para quem está começando a mergulhar nesse universo da construção de HQ, saiba que é importante quem vai pensar a distribuição das imagens nas páginas entender esses recursos. Para escrever o roteiro, é preciso que tanto o roteirista quanto o desenhista se entendam. Quando o roteirista escrever “personagem X num plano americano”, o desenhista precisa saber ou, se ao contrário, o desenhista sugerir “que tal colocarmos neste quadro o personagem X em plano médio”?
Boa leitura!

Segue abaixo alguns dos principais recursos narrativos e uma breve explicação:

a) Onomatopéias

Vocábulos que imitam sons naturais das coisas.
Exemplo:
Aaai! – grito de dor
Ah! – grito de surpresa, dor, medo, pavor ou descoberta
Ah! Ah! Ah! – risada ou gargalhada
Argh! – nojo
Atchim ou ahchoo! – espirro
Bah! – desagrado

b) Ritmo
A forma com que você vai contar a história, através das imagens que apresentará ao leitor define o ritmo (no que diz respeito a seqüência de imagens exibidas x quantidade de quadros).

O espaço de um quadro pra outro funciona para a HQ como o tempo funciona para o desenho animado. Assim, esteja atento aos cortes de uma cena pra a outra ou, pelo contrário, na forma lenta e detalhista que você usará (no que diz respeito a exibição de cada modificação na imagem de um quadro para outro).
Se um acontecimento dentro da sua história vai acontecer com muitos ou poucos quadros, isso tem um porquê. É o roteirista que dá esse ritmo, e vai valorizando ou não cada sequência, cada trecho da história.

c) Balões
Recurso marcante e inquestionável dos quadrinhos. Os balões são como o microfone ou a caixa de som dos personagens.

d) Legenda
Espaço do narrador, é usada para uma breve explicação ou para ganhar tempo e espaço dentro da história.

e) Planos quanto ao ângulo
e.1 – Plano plongé/ Superior – visão geral que serve pra dar impressão de encurralamento. Câmera posicionada no alto.
e.2 – Plano contra-plongé – Focaliza o personagem de baixo pra cima, exaltando-o, tornando-o maior do que é na realidade

f) Planos quanto ao enquadramento
Plano americano – Do joelho pra cima
Plano de conjunto – Personagem de corpo inteiro
Plano médio – Do abdômen pra cima

Agora sim! Após ler este conteúdo, já pode desenvolver sua história e terá uma linguagem técnica que já lhe possibilita escrever uma história! Mãos à obra!

Força e foco! Até o próximo MÓDULO!

:: Wilton Bernardo
+ Coordenador e professor da Ação Cultural Oficina HQ
+ Criativo do Estúdio e produtos da Laço Afro
+ Graduado em Artes Visuais pela Universidade Federal da Bahia

MÓDULO 7 – Storyline

26/06/2020 | Chegamos no módulo 7 do Workshop Virtual de HQ!
Se você quer mesmo produzir uma narrativa em Quadrinhos, já deve ter criado alguns personagens, certo?

Então, agora é hora de trabalhar a construção da história! Mas por onde começar?
Comecemos pelo Storyline.

Storyline
O Storyline é a síntese da história que desenvolveremos. Uma espécie de resumo que você deve escrever em 5 linhas. Nele registrará os acontecimentos mais relevantes. Esta síntese será seu guia na hora de desenvolver o argumento, para depois preparar o roteiro. Ela te ajudará a dar o começo meio e fim à sua história, te auxiliando na elaboração dos diálogos (posteriormente, pois agora, nada de pensar em diálogos), sem perder a noção de “elaboração do problema”, “valorização do problema”, e “desfecho para o problema”.

Ao elaborar o seu storyline, não se prenda a detalhes. O “close” em determinada cena, a roupa do personagem, o que o personagem vai falar pra o outro, se é manhã, tarde ou noite, o que o personagem está pensando…. definitivamente nada de detalhes. Ainda não é desenvolvimento de roteiro.

Antes mesmo de escrever o storyline, você precisa ter uma idéia: o que vai acontecer de fato? O que justifica essa história mesmo? Existe uma mensagem a ser apresentada através dessa história? Se você vai desenvolver uma aventura, drama, ação, então, como será? Que trama ? que acontecimento? Com que fato você vai apresentar essa história?

Alguém morre?

Alguém nasce?

Alguém salva algo ou alguém?

Alguém descobre algo de muito importante?

Vai haver uma grande disputa? De quê? Entre quem? Quem vai vencer?

O que vai acontecer? E o que seu personagem tem a ver com esse acontecimento?

Força e foco! Até o próximo MÓDULO!

:: Wilton Bernardo
+ Coordenador e professor da Ação Cultural Oficina HQ
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+ Graduado em Artes Visuais pela Universidade Federal da Bahia

MÓDULO 6 – Meu tema, minha pesquisa

22/06/2020 | MÓDULO 6 – Meu tema, minha pesquisa

Pessoal, o conteúdo anterior foi sobre criação de personagens. Pode ser que vocês tenham criado um ou mais personagens. E podem ter se perguntado “será que meu personagem é interessante?”, “será que ele atrairia a atenção de um leitor?”, “Será que é tão bom que pode de repente ser usado em várias linguagens?”.
É possível que você tenha feito alguma dessas perguntas. Na verdade eu torço para que você tenha feito alguma das perguntas. E gostaria muito de saber se acharam alguma das respostas.

Mas existe também uma outra possibilidade: Pode ser que você tenha pensado um personagem, definiu as características psicológicas citando uns 3 itens como por exemplo: inteligente, impaciente, amigável”. Pode ter feito apenas 1 desenho do personagem, ou não fez, mas tem a imagem na sua cabeça.

Então vou falar de 2 tópicos super importantes com perguntas:

1) Com quantos paus se faz uma canoa? Ou, quantos desenhos eu preciso fazer para ter um personagem coerente com minha ideia?
Primeiro, você só vai conseguir responder isso, se antes definiu seu objetivo para desenvolver esse personagem. Como assim? Desenvolver objetivo?
Vamos de exemplo?
[ Exemplo A ]
Personagem: Eu criei uma mulher de 50 anos, baiana, negra, gordinha, e com cabelo black power.
Mas por quê? O que você pretende com esse personagem? Eu pretendo abordar com humor o universo feminino, e questões como feminismo, preconceito, de forma leve, engraçada, mas colocando como protagonista um “tipo” que eu nunca vi numa história em quadrinhos. Também desejo contextualizar e explorar a cultura da Bahia e valorizar costumes visuais e os invisíveis, como por exemplo, a fala, a linguagem e a riqueza que vem das ruas.

[ Exemplo B]
Personagem: Eu criei um homem jovem, forte, que terá poderes, é um super herói.
Mas por quê? Eu desejo criar um super herói mas dentro de um contexto histórico. Quero pesquisar sobre o povo Romano e dentro daquele contexto criar um personagem que se destacava pelos seus feitos, suas lutas, sua força e sua honra.

2) Será que eu já tenho embasamento suficiente para definir o meu personagem e desenvolver a história que desejo transformar em Quadrinhos?

VAMOS TENTAR RESPONDER JUNTOS ESSAS DUAS PERGUNTAS ACIMA?

Vocês percebem que listei acima [Exemplo A e Exemplo B], ideias que tentam ser diferentes, tentam se diferenciar do que já foi feito por outras pessoas. Não precisa ser algo totalmente diferente. Basta ver que existem um montem de personagens em forma de animais em contexto engraçado; Existem muitos super heróis, e o fato de um ou dois existirem, não impede que existam outros. Mas é importante que te interesse. O assunto precisa te ganhar, caso contrário você vai fazer apenas para cumprir tabela. Mas você não precisa cumprir tabela, certo?

Outra coisa importante de ser observada: Ideia pode ser iniciada, sem pesquisa. Mas não se sustenta sem pesquisa. Sem pesquisa, você dificilmente sairá do Story line para o desenvolvimento da história. Calma. Se você está se perguntando “E o que é story line”, realmente ainda não expliquei. É nosso próximo conteúdo. Mas isso é fato, acredite: se o que você criou não te empolga o suficiente para te fazer pesquisar sobre o assunto, talvez você não esteja criando algo que realmente te interesse.
Criar um personagem, é praticamente inventar uma pessoa. Observe você. Você tem uma história, você tem todo um contexto, já estudou em diferentes lugares, já conheceu, teve diversas experiências físicas e emocionais. Algumas transformadoras. Talvez traumas, talvez segredos, vitórias, sonhos.
E seu personagem? Você pensou sobre um aspecto assim amplo para ele? E talvez a pesquisa te ajude não só a ser coerente, mas também a dar continuidade à criação. Afinal de contas, não somos uma enciclopédia nem somos o google.

Pense nisso!
O próximo conteúdo será sobre Story line. E depois dos outros 2 conteúdos (8 – recursos narrativos; 9 – história e roteiro), marcaremos uma videoconferência para falar sobre esses conteúdos e você apresentar seu personagem! Que tal?

Força e foco! Até o próximo MÓDULO!

:: Wilton Bernardo
+ Coordenador e professor da Ação Cultural Oficina HQ
+ Criativo do Estúdio e produtos da Laço Afro
+ Graduado em Artes Visuais pela Universidade Federal da Bahia

MÓDULO 5 – Criação de Personagem


MÓDULO 5 – Criação de Personagem

Antes de embarcarmos na aventura de criar um personagem, é importante que fiquemos atentos e sejamos o mais sinceros conosco, no momento em que pensaremos “tive uma ideia”. Sim, é possível sempre sermos criativos, e nos inspirarmos em coisas e fatos ao nosso redor. Na verdade, eu não vejo como criar sem termos como referência ou inspiração, a nossa própria cultura, a nossa história. Mas INSPIRAÇÃO precisa ser entendida como algo diferente de CÓPIA ou REPRESENTAÇÃO LITERAL.

Dois tópicos importantes:

a) originalidade.

Tudo bem que você é fã do Wolverine, por exemplo. Não adianta inventar um personagem com músculos, garras e o jeito grosseirão idênticos do seu personagem preferido batizando-o com outro nome, achando que isso resolve o problema da originalidade. O seu personagem precisa ter a sua própria história. Pode não ser tão dramática quanto a “origem” do Batman, o garoto que perdeu os pais ainda muito novo e cresceu cada vez mais traumatizado com a violência que sentiu na pele. O mais importante é que a origem do seu personagem não seja a cópia da história de outro. Tudo bem que coincidências aconteçam, mas não me venha dizer que seu personagem foi picado por uma aranha (Homem-Aranha) ou teve os pais assassinados num assalto quando ainda era um garotinho (Batman).

b) ser convincente.

Se seu personagem tem poderes ou não, é mortal ou não, isso não importa. Ele pode viver 1.000.000 de anos e não é isso que faz perder credibilidade. Ser convincente diz respeito à forma com que você levará essa informação pra o leitor que define isso. A forma com que você vai apresentar seu personagem. A situação, a ambientação. É preciso haver oportunidade do leitor conhecer o personagem vivendo as situações ao invés de criarmos dezenas de quadros somente pra ficar descrevendo as características do personagem e como ele é.
Claro que precisamos ter essa descrição definida, mas não precisamos jogar o texto diretamente assim nas histórias. Precisam vir num contexto, para o leitor ir “digerindo” dentro da trama.

Criação de Personagem

Para que o leitor possa se envolver com os personagens é essencial que estes possuam personalidades diversas e definidas, como ocorre na vida real com as pessoas.

Nunca bastará dizer ao leitor que determinado personagem é “isto” ou “aquilo”. Precisamos apresentar os personagens e suas características utilizando não apenas palavras, mas as ações, expressões demonstrando isso em seu próprio comportamento.
Para o leitor se convencer, “embarcar” na história, é preciso um clima lúdico, uma contextualização. Um personagem bem elaborado, bem definido, ajuda muito, por isso, antes de partir para escrever e desenhar as histórias, se empenhe em criar seus personagens. Após o primeiro momento de elaboração não tenha preguiça ou receio de rever, ajustar tanto detalhes no traço quanto nas características sociais e/ou psicológicas se achar necessário. Assim como para uma novela ou um filme, é importante que a história seja bem escrita; que os personagens sejam interessantes e diferentes um do outro. Vamos supor que você resolveu desenvolver 3 personagens: 3 garotos que vivem situações cotidianas no universo infantil. A trama acontece no universo deles e em cima de situações simples. Se um deles gosta de comer maçã, é melhor que o outro goste de outra fruta. E quem sabe pode ficar melhor ainda se o terceiro odiar maçã? Claro que não é uma regra. Isso apenas é para chamar a sua atenção para as diferenças necessárias e que realmente compõem a vida, fonte de inspiração de qualquer ficção.

As perguntas básicas que você deve responder (e desenhar) para criar o personagem:

Dados pessoais:
– Nome
– Apelido
– Idade (data de nascimento)

a) Características físicas (externas): altura, cor do cabelo, cor dos olhos, peso…
b) Características psicológicas (internas): motivação, ânimo, moral…
c) Características sociais (o que faz, como vive, estuda? Trabalha? Solteiro(a)? casado(a)? religião? Tem pais? Filhos? Formação?
d) Desenho do personagem

Vamos criar nossos personagens?!
Força e foco! Até o próximo MÓDULO!

:: Wilton Bernardo
+ Coordenador e professor da Ação Cultural Oficina HQ
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MÓDULO 3 – SEGUNDA E TERCEIRA PARTE

1. Desenho e Mercado
Olá pessoal!
Finalmente vamos fechar a parte puramente teórica, e entraremos na parte de criação, no próximo módulo! Para isso, precisamos apenas fechar um conteúdo importante que é “Desenho e Mercado” e “Desenho e Quadrinhos”.
Eu acho bem interessante os dois tópicos porque assim, não deixaremos dúvidas sobre a diferença entre eles.
No Módulo 2 falamos de “HQ e Internet: Como lucrar?” Os caminhos abordados no Módulo 2 também servem para a prática do desenho, principalmente se estivermos falando de uma atuação e serviços mais gráficos como ilustração de livros, charges, caricaturas. Nesse aspecto além de tudo que foi abordado no Módulo 2, o leque se abre para o desenhista, afinal as agências de publicidade, estúdios de Design ou profissionais liberais da criação tornam-se clientes para os desenhistas, dentro ou não de um contexto de Histórias em Quadrinhos.
Exemplo: Uma agência de publicidade pode estar precisando de uma ilustração isolada, de um mascote para determinado produto. As possibilidade são muitas. E você está pronto para elas? Quando pergunto se está pronto para as oportunidades, podemos entender observando 2 aspectos:
a) Seu trabalho, suas técnicas: Independente do estágio em que você se encontra, evoluir e aprender sempre é um caminho. Mas caso esteja no início, e ainda não conseguiu nenhuma encomenda, pesquise Portfólios de outros artistas, observe peças publicitárias que utilizam ilustrações, veja vários perfis de ilustradores, observe os variados estilos. Mas não precisa copiar nenhum deles. É interessante ver o trabalho de outras pessoas para conhecer tantas possibilidades, variados estilos. Quanto mais você fizer isso e não parar de praticar, de desenvolver os seus desenhos, você vai sentir que não precisa copar ninguém. O processo é evoluir, tentar melhorar o que você faz. Desenvolver seu estilo sempre será a melhor opção. Copiar um estilo de outra pessoas, na minha opinião, será a pior escolha.

b) Portfólio e apresentação: Há ilustradores que fazem Portfólio virtual em sites, endereços específicos. Com o crescimento das redes sociais, não vejo problema em usar o próprio instagram e facebook, como grandes vitrines por exemplo. E fique atento, pois, a disseminação e visualização do seu perfil não é mais tão fácil de expandir como antes. Observe que as pessoas que vêem sua rede social são sempre as mesmas. Se não tiver percebendo a visita de seu perfil por pessoas diferentes, pode haver a necessidade de se fazer algum investimento em postagem. Vale a pena dar uma pesquisada sobre Mídias sociais, para poder explorar e ser mais visto.

2. Desenho e Quadrinhos
Por fim, antecedendo nossa viagem pela experimentação de criar personagem e história, eu desejo não apenas chamar atenção para que você observe variados estilos de desenho e temas de quadrinhos mas que você reflita hoje mesmo sobre o seu traço, o seu desenho. Você consegue analisar o seu desenho, por exemplo quanto ao tipo? É um desenho mais realista? É um desenho mais simplificado? Você pensa em desenvolver qual temática em quadrinhos?
Você acha que o seu tipo de traço pode funcionar com o tema que está interessado em desenvolver?
Eu fiz essas perguntas para estimular sua reflexão. É preciso refletir, observar o que fazemos. Aprecie seu traço, se interesse. Você pode buscar uma evolução, um melhor desempenho de forma consciente.
Se tiver dificuldade, mostre para um amigo cujo desenho você admira. Você sabe que a pessoa tem um bom desempenho, então pode confiar a ela mostrar e ouvir alguma dica, crítica positiva.

Pronto para iniciar Começarmos a criar personagem?
Próximo conteúdo será Módulo 4 e 5 juntos: Vamos mergulhar na atividade de criar personagem, e abordaremos nesse processo, como lidamos com nosso traço.
Muitas alunos, ao longo desses anos em que ministrei Oficinas de Quadrinhos, estavam insatisfeitos com seu próprio desenho, seja porque tem dificuldades de representar certos elementos, seja porque gostaria de ter um estilo de desenho diferente. Se seu caso é esse, calma! Vamos juntos!
Até o próximo MÓDULO!

:: Wilton Bernardo
+ Coordenador e professor da Ação Cultural Oficina HQ
+ Criativo do Estúdio e produtos da Laço Afro
+ Graduado em Artes Visuais pela Universidade Federal da Bahia

MÓDULO 3 – PRIMEIRA PARTE

MÓDULO 3 – primeira parte – Desenho X História

a) Onde está o desenhista na sociedade atual (2020)?
O que vocês me responderiam? Será que há espaço para o desenhista atuar profissionalmente nesta sociedade atual? Pare um pouco e tente responder para si, antes de continuar a leitura.

b) Nem tudo é beleza
Pessoal, eu tenho ministrado Oficinas de Quadrinhos há 17 anos. Foram muitas turmas, dezenas de alunos. E quer saber uma coisa que eu vi se repeti diversas vezes? A avaliação de diversos alunos em relação a seu próprio desenho no simples e raso quesito “beleza”. Não caia nessa armadilha de ficar avaliando seu desenho em relação a beleza. Até porque, provavelmente quando uma pessoa diz que o desenho é feio, é porque ela possivelmente tem uma referência de desenho bonito. Tendo ou não, se você quer desenvolver algum trabalho reconhecido como seu, sem que alguém necessariamente tenha que atrelar o seu trabalho a outra pessoa, então, você precisará desenvolver O SEU TRAÇO. E se esse traço não tem que se parecer com o de outra pessoa, não cobre de si, ter um traço como o de qualquer outra pessoa.
Se você quer desenvolver o seu traço, você não tem que se tornar outra pessoa, ou seja, não tem que tentar mudar seu traço completamente. Mas você pode sim, melhorar, evoluir. Eu posso te ajudar, se você me mostrar sua produção e quiser um feedback enquanto dura este workshop Virtual de HQ. Ser]ao 9 conteúdos, e estamos entrando no módulo 3, parte A.

c) O DESENHO em variados momentos da história

1 – Homem da Caverna:
Usavam as pinturas rupestres, e podemos obviamente falar em desenhos, como forma de se expressar e comunicar antes mesmo que se consolidasse uma linguagem verbal

2 – No Egito antigo:
O desenho, utilizado para decorar tumbas e templos, ganha status sagrado.
Uma grave condenação para alguém após a morte era ter raspados todos os desenhos e inscrições de sua tumba.

3 – No Renascimento:
O desenho ganha perspectivas e passa a retratar mais fielmente a realidade; surge um conhecimento mais aprofundado da anatomia humana e os desenhos ganham em realidade.

4 – Revolução industrial e História em Quadrinhos
Devido a Revolução Industrial surge uma nova modalidade de desenho voltado para a projeção de máquinas e equipamentos: o desenho industrial.
Em 1890, outro marco para o desenho: surge a primeira revista em quadrinhos semanal da história. No dia 17 de maio de 1890 foi lançada a Comic Cuts pelo magnata londrino Alfred Harmsworth, mais tarde Lord Northcliffe. Mas, outras fontes atribuem o feito a obras anteriores: uma destas obras seria o desenho chamado “Yellow Kid” publicada em 1897 por Richard Outcalt. No Brasil, as precursoras foram as tiras do ítalo-brasileiro Ângelo Agostini, publicadas em 1869, no jornal “Vida Fluminense” com o título de “As Aventuras de Nhô Quim”.

Considerações finais: O objetivo desse texto falar desses vários aspectos é chamar sua atenção para a ferramenta de comunicação e linguagem que você tem em mãos. Se você reduzir suas possibilidades a apenas “beleza”, pode desperdiçar a experimentação mágica de expressão. E para eu não ficar apenas no âmbito das ideias, sem dar nome aos bois, eu chamo sua atenção para obras como: Mafalda (autor: Quino), Persépolis (autora: Marjane Satrapi), Maus (autor: Art Spiegelman). Eu poderia citar muitos outros onde o desenho está longe do que alguém chama de “desenho bonito”, mas são trabalhos de altíssima qualidade e reconhecimento internacional.
Pense o seguinte: Se algum dos 3 autores citados acima resolvessem não produzir enquanto não tivessem um desenho maravilhoso, correriam o grande risco de nunca realizarem a produção incrível que fizeram. Pense nisso, e aguardo nossos dois próximos textos, que sairão amanhã e depois de amanhã para que no sábado, façamos a aula de CRIAÇÃO DE PERSONAGEM! Vocês querem a aula de criação de personagem através de uma LIVE no Instagram? Ou uma Videoconferência onde fica mais fácil todos interagirem?

Até a SEGUNDA PARTE do Módulo 3!

:: Wilton Bernardo
+ Coordenador e professor da Ação Cultural Oficina HQ
+ Criativo do Estúdio e produtos da Laço Afro
+ Graduado em Artes Visuais pela Universidade Federal da Bahia

Módulo 1 – SEGUNDA PARTE

Módulo 1 – SEGUNDA PARTE:
Antes de criar sua HQ ou um Personagem, aprecie criações de outros autores.

Pessoal,
Esta segunda parte eu considero importante existir por 2 razões que vou dizer de forma bem objetiva:

RAZÃO 1: Eu gosto de mostrar/ citar quadrinhos e personagens de variados estilos, variados traços para os alunos no início de uma Oficina ou Workshop que se propões a abordar as etapas de construção de uma HQ, como é nosso caso, agora. E fico feliz quando na lista, há personagens e histórias que tem desenhos que não são considerados “maravilhosos”. Por um motivo simples: Muitos alunos nas Oficinas de Quadrinhos que realizo, costumam atrelar “necessidade de desenhar maravilhosamente bem” com “poder colocar em prática a ideia de criar um personagem e uma história”. É importante entender seu traço, tentar se melhorar sempre. Mas é muito arriscando quando se coloca o trabalho de outra pessoa bem sucedida como parâmetro para se achar pronto o suficiente para produzir. Um desenho “lindo” não garante uma história de quadrinhos ou mesmo um personagem de sucesso.

RAZÃO 2: É importante termos referência sobre aquilo que desejamos produzir (Não é para copiar nem necessariamente se inspirar). É ter um repertório de informação, ver possibilidades, apreciar. Se você quer ser músico, por exemplo, não tem como aprender, e se desenvolver sem apreciar músicas, conhecer trabalhos de outros músicos. Se quer dirigir um filme, não faz sentido você se lançar nessa maravilhosa produção sem conhecer outros diretores, e obras feitas por estes.
Vocês podem se perguntar se conhece alguém que produz algo sem se permitir conhecer produções de outros profissionais desta mesma linguagem artística, considerando que o exemplo seja na área de artes.
Eu arrisco dizer uma coisa: É possível sim, uma pessoas que tentam produzir sem conhecer outras obras daquela linguagem sobre a qual quer produzir. Mas o resultado pode ser extremamente fraco, com falhas técnicas primárias. Nós não somos uma ilha e a produção de narrativas gráficas existe há muitos anos. Então, não tem cabimento uma pessoa partir para criar um personagem, uma história em quadrinhos, sem ter lido outras.

E digo mais, meu amigo(a), tente analisar um pouco mais os personagens ou histórias que lhe interessam. Gostou do personagem? Então se arrisque se perguntar: O que me fez gostar dele? Que características mais me interessou nesse personagem? O exercício dessa reflexão vai lhe ajudar a fazer definições futuras sobre o seu personagem.

Nas aulas presenciais eu costumo levar algumas publicações e até alguns arquivos e mostrar. Converso com a turma sobre algumas produções. Assim, alguns podem escolher pesquisar ou comprar uma produção que lhe desperta. Agora, como estamos em quarentena, não tenho o menor interesse em fazer vocês saírem de casa atrás de quadrinho.

ALGUNS TRABALHOS
Por isso antes de publicar a TERCEIRA PARTE do Módulo 1, vou fazer algumas postagens com sugestão de obras (quadrinhos e animes, alguns de acesso gratuito na web, outros não). Claro que alguns de vocês já devem ter personagens que gostam, e produções que acharam interessante. Então, para quem não faz uma leitura de quadrinhos ou não sente que conhece algum personagem o suficiente a ponto de falar sobre ele, de identificar características sociais e psicológicas deste, vale a pena ler o breve comentário e escolher algum(uns) trabalhos para ler ou assistir.
E se você costuma ler muito ou assistir muito apenas um tema, que tal se permitir conhecer algo que possa te interessar, de um estilo diferente do que está habituado?

:: Wilton Bernardo
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15 de abril, Dia do Desenhista!

Parabéns Desenhistas!
É importante reconhecer a grande importância do desenhista numa sociedade capitalista, consumista e em constante mutação como a nossa!
O desenhista na sociedade moderna está onde? Não me canso de fazer essa provocação, para que possamos perceber que ele está em TUDO!

WORKSHOP VIRTUAL DE HQ
Já viram a primeira parte do MÓDULO 1, conteúdo referente ao WORKSHOP GRATUITO que estou oferecendo pra vocês?
Serão textos, imagens e vídeos, ok?

REPITO: O acesso ao conteúdo será livre, mas com inscrição você pode receber convites para uma videoconferência, por exemplo, receber algum material específico e também o certificado que será oferecido pelo Centro Universitário UniRuy|Wyden!

ATENÇÃO: Se ainda não se inscreveu, Veja a primeira postagem com descrição dos assuntos abordados por Módulo, e dados para inscrição por email. Abraço!

:: Wilton Bernardo
+ Coordenador e professor da Ação Cultural Oficina HQ
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Módulo 1 – PRIMEIRA PARTE


Módulo 1 – PRIMEIRA PARTE:
A – Apresentação do conteúdo; B – Cronograma do Workshop; C – Inscrição

A – Apresentação do conteúdo
Seja super bem vindo a este Workshop virtual de HQ. Como você pode imaginar, sim, é a primeira vez que eu, Wilton Bernardo, elaboro esse conteúdo virtual, mas ele está sendo retirado de um vasto conteúdo de aulas desenvolvido por mim durante os últimos 17 anos (desde 2003)! Porém as aulas sempre foram dadas de forma presencial, mas sinceramente, não vai ser trabalho algum organizar essa versão virtual. A ideia de solidariedade e compartilhar um pouco do que tenho, é o que mais importa para minha Ação Cultural Oficina HQ, para meu estúdio Laço Afro e os parceiros: Museu Carlos Costa Pinto e o Centro Universitário UniRuy|Wyden! Vamos lá!

B – Cronograma do Workshop
É importante você ter uma visão geral do que consiste o conteúdo que será oferecido para você. Se tiver algum termo que não conhece, fique tranquilo(a). Vamos explicar tudo utilizando textos, imagens e vídeos!

1º – HQ: Profissionais envolvidos
2º – HQ x Internet: como lucrar?
3º – Desenho x História;
Desenho x Mercado;
Desenho x Quadrinhos
4º – Desenho – Conhecendo e aceitando meu traço
5º – Criação de personagem
6º – Meu tema, minha pesquisa
7º – Storyline
8º – Recursos narrativos
9º – Desenvolvimento da história e Roteiro

C – Inscrição
Pessoal, a principio eu não faria inscrição, afinal o conteúdo estará sendo publicado abertamente aqui no Blog da Oficina HQ, com chamadas nas Redes Sociais de minhas marcas (Oficina HQ e Laço Afro). Mas tenho boas notícias que justificam a inscrição que será super simples:
1 – Quem chegar até o final do Workshop me apresentando os exercícios propostas, participando, vai receber um certificado que será produzido pelo Centro Universitário UniRuy|Wyden. O certificado será enviado por email!
2 – A inscrição vai favorecer o contato direto comigo e facilitar o contato para outras possíveis boas surpresas!

PRONTO! Só falta então você se inscrever e garantir que não vai perder NADA que esse workshop poderá lhe proporcionar! Lembrando, é tudo 0800 mesmo!
Então, sua inscrição corresponde apenas a você me enviar um email ( oficinahq@hotmail.com) informando:

a) Nome completo (como deve constar no certificado)
b) Idade
c) Quer informar alguma forma de contato diferente do email? Qual?
d) Cidade/Estado onde reside
OBS1: Apenas A Ação Cultural Oficina HQ e o Estúdio Laço Afro, do professor Wilton Bernardo, tem acesso às inscrições.
OBS2: Inscrições até 19/04/2020. Mas se você está lendo essa informação após 19/04/2020, não precisa ficar triste. Você pode acompanhar os conteúdos do Workshop virtual que estarei disponibilizando aqui no Blog.

:: Wilton Bernardo
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